27 Nov 2018 10:51
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<h1>COMO Construir UM LOOK Tipo TUMBLR</h1>
<p>Se não quisermos que todas as nossas ruas sejam indistintamente tomadas pelos veículos, será preciso afrontar a complexidade e repensar a credibilidade dos fluxos em detrimento dos lugares. O congestionamento total elimina um pouquinho. As ruas pioram muito. Realmente compensa a troca? O trânsito da cidade de São Paulo é a todo o momento um questão. Nossas manhãs são tomadas por informes de rádios, TVs e sites que medem o tamanho do congestionamento, com repórteres tentando doar alguma informação nova, construídos em helicópteros, entrevistando autoridades, e principalmente, consultando blogs. Os aplicativos entraram firme neste segmento, oferecendo a circunstância de obter minutos - ou segundos - nos trajetos cotidianos. O Waze, o Google Maps e os sistemas embutidos nos aplicativos de taxis sugerem rotas possibilidades, a começar por ruas que os motoristas nem ao menos sabiam que existiam: “Sou meio perdida e me auxílio muito. Pego diversas ruazinhas menores pra escapar do trânsito e ganho tempo”, alegou uma motorista entrevistada pelo blog G1.</p>
<p>As pessoas estão atrás dos atalhos pela cidade. O problema é que estes atalhos não são feitos pro trânsito pesado. A hierarquia das vias prevê que as ruas tenham papéis diferentes no trânsito. Há as estruturais, as coletoras, as locais e as de pedestre. As ruas locais são feitas pra responder a função de responder aos deslocamentos estritamente locais, caracterizando-se por apresentar miúdo curso de veículos, baixa velocidade e alta acessibilidade aos lotes.</p>
<p>A dúvida é que muitas dessas ruas locais correm o traço de mudarem tua dinâmica e perderem traços consideráveis de vizinhança com a passagem inesperada e ainda mais permanente desses veículos todos. São ruas onde pessoas moram, onde garotas andam, onde lojas funcionam e onde padarias vendem pãozinho. Elas são suficientes para acomodar um trânsito local, entretanto estão começando a sucumbir diante das filas de motoristas que se formam durante horas e horas no dia.</p>
<p>Vai ser preciso recordar que a avenida não nasceu pra os trajetos motorizados de longa distância. A rodovia nasceu como palco da existência cotidiana. Via para pessoas. Foto: Manual de calçadas de Nova York. O urbanista dinamarquês Jan Gehl é categórico: “num mundo cada vez mais urbanizado, temos que ser idealistas e pragmáticos a respeito de como escolhemos viver.</p>
<p>Se quisermos tornar nossas cidades mais saudáveis, felizes e eficientes no gasto energético, portanto, precisamos recalibrar nossas medidas para focar mais na característica de existência: nós precisamos inverter e ceder o espaço hoje dado aos automóveis pra pessoas”. A diferença às vezes inexistente entre os chamados espaços de passagem e os espaços de permanência. No estudo de arquitetura e urbanismo, é comum ouvirmos a discernimento entre espaços de permanência e espaços de passagem.</p>
<p>Quem sabe essas categorias sejam úteis no momento em que se pensa em princípios diferenciais, no entanto pela maior parte das vezes, elas não conseguem introduzir a complexidade da questão do transporte hoje. O pensamento binário não fornece conta de refletir em espaços públicos contemporâneos, em que o ficar e o atravessar se misturam. Uma estação do metrô é feita pra transportar pessoas de um local a outro.</p>
<p>Entretanto as estações vivem cheias de pessoas que marcam encontros próximos às catracas e estão esperando alguém. O movimento de carros nas ruas de emprego misto ou mesmo em ruas residenciais parece estar ameaçando diretamente essa existência: quando estão vazias, os motoristas correm muito acima do limite de 30km/hora, que parece ser totalmente desprezado por autoridades.</p>
<p>No momento em que estão cheias, os motoristas resolvem buzinar e reclamar do acontecimento de terem sido levados até um atalho que não tem êxito e que os obrigam a aguardar uma pessoa sair de tua garagem. O efeito é o mesmo: um incômodo tremendo nas casas, e nas calçadas. O encontro dia-a-dia numa rodovia de São Paulo.</p>
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<li>Dezessete Edição desfeita 17.1 Fonte de posição</li>
<li>Adiciona títulos que descrevem tema de cada secção</li>
<li>Marcel Rizzo</li>
<li>47 "Jogo Conectado"</li>
<li>quarenta e oito Formação de comissão na BU - UFSC</li>
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<p>Tirei esse foto há anos e adoro muito da percepção de que as vizinhas puderam se achar na calçada visto que ela reúne as condições mínimas para a convivência no espaço público. Com mais automóveis, mais barulho, mais fumaça, mais buzina, mais velocidade, será que esse encontro continuaria a acontecer? Será que os aplicativos melhoram o trânsito quando usados em uma escala superior?</p>
<p>Um estudo da Universidade da Califórnia mostra que nem sempre os aplicativos melhoram o trânsito no médio tempo. Em várias simulações, principalmente no momento em que há um congestionamento causado por acidente ou quebra localizada, o efeito é o oposto do que se esperaria. Quando há uma base enorme de usuários de aplicativos, todos tendem a bater em retirada do lugar do incidente de lado a lado das rotas possibilidades.</p>